terça-feira, 26 de janeiro de 2010

CIPS, Centro de excelência em São Félix

André Gustavo de Souza Cardoso

O Centro Integrado a Promoção à Saúde - CIPS é prova cabal de que o dinheiro público bem empregado surte efeito benéfico à população. Inaugurado há quatro anos, o CIPS é um núcleo subordinado à Secretaria Saúde, porém com seu caráter multidisciplinar realiza trabalho em conjunto com as Secretarias de Educação e Esportes. O coordenador do Centro é Juraci Cunha Rocha, formado em Educação Física. A sua equipe é constituída de aproximadamente 20 profissionais com objetivo de oferecer a comunidade sanfelista atividade física de qualidade.

"Realizamos atividades físicas para pessoas da terceira idade para promoção da saúde",
disse Juraci Rocha. Além
das aulas de educação física aos idosos, o CIPS executa diversas atividades físicas, como "caminhadas": O Centro faz-se presente em atividades sócio-culturais na cidade, para divulgação do projeto e promove passeios à praia integrando saúde e lazer. No ano passado, no dia mundial da atividade física (06 de abril) o CIPS organizou uma caminhada com a participação recorde de 1.500 pessoas, conforme dados fornecidos por Juraci Rocha. "Esta caminhada serviu para promover o projeto e dar satisfação ao governo federal do trabalho que estamos realizando aqui". Falou Juraci.

INVESTIMENTO E ESPECIALIDADES DOS CIPS

O governo federal repassou ao projeto o equivalente a R$ 40.000,00, para este ano, depositado no Fundo Municipal de Saúde. Desta quantia reservou-se o montante de R$ 19.000,00 para pessoal; e o restante para investimento em materiais permanentes, aparelhos digitais de última geração, a exemplo de uma balança digital no valor de R$ 1.200,00 para academia do Centro, conforme dados contidos em planilha apresentada por Juraci Rocha.

O CIPS, além das atividades físicas promove durante o ano, palestras ministradas por profissionais de saúde a públicos específicos, como portadores de diabetes, hipertensão, obesidade, depressão, doenças cardíacas e artroses. Além do trabalho com idosos e portadores das DANT (Doenças de Agravo Não Transmissíveis: diabetes, hipertensão, obesidade, depressão cardíacas e artroses), o Centro, em parceria com a Secretaria de Esporte, mantém uma escolinha de futebol; promove um torneio de vôlei de praia em quadra artificial destinada à prática desse esporte, torneio que mobiliza atletas de diversas partes do Estado; colabora na organização da copa 02 de julho de futebol Sub-17, evento patrocinado pelo governo do Estado, através da SUDESB (Superintendência de Desporto do Estado da Bahia) em que São Félix figura como sede. Recebeu no ano passado as equipes do Atlético Paranaense, Fortaleza, Pão de Açúcar – SP e o Santos do México. O CIPS promove também aulas de natação para alunos na faixa etária de 05 a 14 anos, matriculados nas escolas municipais da cidade.

PROJETO VIVA O DOMINGO E "PENEIRAS" DE FUTEBOL

No CIPS encontra-se em vigor o projeto "Viva o Domingo", no qual o espaço da sede do Centro abre-se para a comunidade dos bairros mas pobres da cidade como alternativa de lazer e confraternização. Além desse projeto Juraci informou que no CIPS haverá novas atividades, como oficinas de "brinquedos cantados" e recreações diversas, sessões de Ioga e "peneiras" para seleção de garotos ingressarem nas divisões de bases de equipes profissionais de futebol. Juraci garante que já há um contato com o Corinthians e o Vitória, e que no ano passado foi realizada uma "peneira" com sucesso, para as divisões de base do Bahia.

Por fim Juraci Rocha disse que no Centro existe um contingente de mais 600 idosos e portadores das DANT matriculados na sede da cidade e 60 no distrito de Outeiro Redondo. A sua expectativa é de que haja uma ampliação das atividades oferecidas pelo centro, bem como o aumento da quantidade de participantes, e espera que este ano mais pessoas possam sair do sedentarismo.

Obs: As fotos na matéria foram cedidas pelo CIPS


O PRESIDENTE DO AA DE CACHOEIRA FALA SOBRE OS EFEITOS DO ÁLCOOL

André Gustavo de Souza

Cardoso

No dia 15 de dezembro de 2009, ás 14h30, na sala 22, do Quarteirão Leite Alves, aos alunos do 2º semestre de Jornalismo; o senhor Valter Evangelista da Silva, de 79 anos de idade, fotógrafo, iniciou sua palestra sobre a nocividade do álcool na vida do homem, com explicações concisas e expressões de impactos como: "álcool desmoraliza, machuca, ofende e enlouquece. É uma doença que não tem cura. O alcoólatra não pode dar o primeiro gole jamais. O álcool sem dúvida é muito gostoso e dá força para quem o ingere e cria na mente coisas horríveis. O alcoolismo é uma doença mental. Nos adoece e à nossa família também".



Valter é conhecedor do que fala. Aos 17 anos iniciou-se no uso do álcool e parou de bebê-lo com 59 anos. Sentiu-se à vontade para afirmar que todo alcoólatra é prepotente, vaidoso e orgulhoso, sempre acha que não erra. Relatou outro problema, a dificuldade da família reconhecer que seu ente adoeceu pelo mau uso do álcool. Tenta assim esconder a situação por vergonha ou preconceito.


Valter criticou o uso abusivo do marketing nos meios de comunicação. Esse tipo de propaganda, diz ele induz o crescimento do consumo do álcool. Defende também a idéia de que a publicidade do álcool deveria ter a mesma censura que existe referente ao tabaco, pois o álcool é tão nocivo quanto o tabaco. No entanto, afirmou que a literatura dos Alcoólicos Anônimos não condena quem vende ou bebe álcool, mas desaprova a falta de controle.


Por fim explicou um pouco da metodologia usada nos Alcoólicos Anônimos, e informou que hoje há no AA de Cachoeira, cujo nome é Nova Esperança Alcoólicos Anônimos, 12 pessoas, incluindo uma mulher freqüentando as reuniões regularmente. Valter terminou com uma expressão, que é o lema do grupo: "Se você quiser para de beber o problema é nosso. Se você quiser continuar o problema é seu".


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

VIAGEM A ZONA RURAL DE SÃO FÉLIX

Todos os dias, excetos aos sábados, domingos e feriados, a prefeitura municipal de São Félix fornece transporte gratuito à população da Zona Rural . São ônibus que saem ás 06h40 da sede do município, outro vem da sede do distrito de Outeiro Redondo ás 08h30, e faz o retorno no meio da tarde, ás 15h30 . Ás 06h40; pontualmente, na sexta-feira, do dia 30 de outubro de 2009, o ônibus partiu, em sua rotina diária com destino ao Outeiro Redondo. Embarcaram 12 pessoas, metade eram profissionais de educação para trabalharem nas escolas da Zona Rural.
O aspecto interior do ônibus, não era bom. O piso se encontrava sujo de terra, as poltronas visivelmente desgastadas, algumas delas soltas. “O serviço é bom. Não é de todo ruim. É de graça” disse Maria Cardoso, residente na sede do município. Ela usa o serviço de transporte com freqüência, seus familiares moram na localidade de Jaqueira Dura. Sua fala contrasta daquilo que facilmente se observa. “A estrada é perigosa. Mas nunca teve acidente”, falou Roque Sales, professor, do Colégio Duque de Caxias, de Outeiro Redondo.


AS CURVAS ÍNGREMES E SUPER LOTAÇÃO DO ÔNIBUS


Pode-se dividir a viagem em três partes. Na primeira o ônibus atravessa o centro urbano de São Félix pelo calçamento de paralelepípedo; em seguida entra no asfalto, na estrada que liga São Félix a Maragogipe, para depois desviar à direita, e iniciar uma longa subida em estrada vicinal. É nesse momento que à viagem ganha em emoção, principalmente para quem não é habituado. No seu trecho inicial a estrada é, bastante íngreme. Faz medo. Exige do motorista habilidade e do ônibus força no motor. Pelo menos as duas coisas funcionaram bem, apesar do ônibus já estar muito rodado.
Deixando o receio de lado, é admirável a paisagem que se desenha ao longo do caminho. As escarpas, vales e a campina verdejante, reproduzem em nosso olhar uma sensação de bem estar indizível. A viagem interior é quebrada a cada solavanco, por curvas à beira do precipício pelas paradas e entrada de pessoas no caminho, na sua maioria estudantes do Colégio Duque de Caxias, situado na sede do distrito de Outeiro Redondo. Foram seis paradas ao todo. A viagem iniciou com 12 passageiros, agora, na metade do seu percurso contava com 60. Ao conversar com um estudante de 12 anos, este disse, que estava acostumado com a superlotação. E com faceirice, falou que o ônibus estava vazio naquele dia.



ÔNIBUS IMPEDIDOS DE TRAFEGAR CAUSAM INDIGNAÇÃO A POPULAÇÃO


Depois de uma hora, o ônibus chegou a seu destino final: a sede do distrito de Outeiro Redondo. Porém a odisséia não parou aí. Desembarcando no Outeiro Redondo, já havia pessoas aguardando o próximo ônibus com destino à sede do município. Para surpresa de todos, foram informados que não haveria ônibus descendo para a sede. Na praça tinham seis ônibus parados com os motoristas do lado de fora. Indagados, sobre o problema, eles disseram, não ter ordem para sair do local. Criou-se um clima de indignação, pois muitas pessoas que ali estavam, vieram de localidades distantes da sede do Distrito. Aposentadas, iriam receber dinheiro no Banco do Brasil. Uma senhora de nome Rita Maria Ribeiro dos Santos, servente da escola da localidade de Campinhos, estava com uma requisição de exame, e, ainda, pretendia fazer compras na cidade.
A prefeitura de São Félix tem dois ônibus um a serviço da secretaria de Educação e outro a serviço da secretaria de Saúde. O segundo encontra-se quebrado; sua função é levar as pessoas da zona rural com requisição e consultas médicas à cidade; ambos os ônibus servem a população de uma forma geral, coisa já convencionada e rotineira, e os outros quatro ônibus que servem a Prefeitura são terceirizados.
Um motorista, que não quis se identificar, disse que o ônibus, que deveria descer à cidade, era o da Saúde, mas este quebrara, e eles só poderiam ir com autorização do Secretário de Transportes. As pessoas presentes no local disseram desconfiar que esse ato era uma retaliação. Na semana passada algumas pessoas da comunidade denunciaram a superlotação dos ônibus nas rádios locais e tal denúncia virou tema de debate na câmara de vereadores. Segundo elas, é freqüente os ônibus levarem até 150 pessoas.
Diante destas dificuldades as pessoas preferem ir as cidades de São Felipe, Cruz das Almas e Muritiba que estão mais próximas do que a sede de São Félix. Lá compram no comércio e vendem os produtos do lavrado.

AS PESSOAS TIVERAM QUE FRETAR CARROS, PARA IREM A SEDE DO MUNICÍPIO



O único ônibus a descer para São Félix seria o mesmo que trouxe os professores e sairia no começo da tarde. Horário desinteressante para maioria das pessoas. Por isso algumas pessoas tiveram que fretar carros a R$ 35,00 e R$ 40,00. Eu, por sorte, consegui uma carona.